domingo, 22 de enero de 2012

POEMA DE VÍCTOR HUGO





Te deseo primero que ames
 y que amando
 también seas amado.

Y que de no ser así
 seas breve en olvidar
 y que después de olvidar
 no guardes rencores.

Deseo pues, que no sea así,
 pero que si es sepas ser
 sin desesperar

Te deseo también que tengas amigos,
 y que incluso malos e inconsecuentes
 sean valientes y fieles,
 y que por lo menos haya uno
 en quien puedas confiar sin dudar.

Y porque la vida es así,
 te deseo también que tengas enemigos,
 ni muchos ni pocos,
 en la medida exacta
 para que algunas veces
 te cuestiones tus propias certezas.
 Y que entre ellos haya por lo menos uno
 que sea justo para que no te sientas demasiado seguro.

Te deseo además que seas útil,
 más no insustituible. Y que en los momentos malos
 cuando no quede más nada
 esa utilidad sea suficiente
 para mantenerte en pie.

Igualmente, te deseo que seas tolerante
 no con los que se equivocan poco porque eso es fácil,
 sino con los que se equivocan mucho e irremediablemente,
 y que haciendo buen uso de esa tolerancia
 sirvas de ejemplo a otros.

Te deseo que siendo joven
 no madures demasiado de prisa,
 y que ya maduro no insistas en rejuvenecer,
 y que siendo viejo no te dediques al desespero.
 Porque cada edad tiene su placer y su dolor
 y es necesario dejar que fluyan entre nosotros.
  

Te deseo de paso que seas triste
 No todo el año, sino apenas un día,
 pero que en ese día descubras
 que la risa diaria es buena,
 que la risa habitual es sosa,
 y la risa constante es malsana.

Te deseo que descubras
 con urgencia máxima
 por encima y a pesar de todo,
 que existen y que te rodean,
 seres oprimidos tratados con injusticia
 y personas infelices.

Te deseo que acaricies un gato
 alimentes a un pájaro
 y oigas a un jilguero erguir triunfante su canto matinal,
 porque de esta manera
 te sentirás bien por nada.

Deseo también que plantes una semilla
 por minúscula que sea
 y la acompañes en su crecimiento,
 para que descubras
 de cuantas vidas esta hecho un árbol.

Te deseo, además
 que tengas dinero,
 y que por lo menos una vez por año
 pongas algo de ese dinero frente a ti y digas:
 "Esto es mío"
 sólo para que quede claro
 quien es el dueño de quien.

Te deseo también
 que ninguno de tus afectos muera,
 pero que si muere alguno
 puedas llorar sin lamentarte,
 y sufrir sin sentirte culpable.

Te deseo por fin que siendo hombre
 tengas una buena mujer,
 y que siendo mujer tengas un buen hombre,
 mañana y al día siguiente
 y que cuando estén exhaustos y sonrientes,
 hablen sobre amor para recomenzar.

Si todas estas cosas llegaran a pasar
 no tengo más nada que desearte.

VICTOR HUGO
 1802-1885

2 comentarios:

  1. Este comentario ha sido eliminado por el autor.

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  2. El Dr. Guillermo Gutiérrez Calleros hace una pertinente corrección a la presente entrada:
    ..." el autor un brasileño, llamado Sergio Jockyman, nacido en Palmeiras 29 abril 1930, falleció el 16 de febrero de 2011.

    Fue publicada en el diario Jornal Folha da Tarde, en la ciudad de Porto Alegre, Rio Grande do Sul en 1980. La revista fue clausurada por el gobierno militar en 1985 o algo así.

    Por eso no puedes encontrar, en toda la vastedad de la red cibernética, ninguna liga que te una el poema con Víctor Hugo, ni en español ni en ingles, ni en francés.

    Te incluyo la versión original.

    “OS VOTOS”

    Sergio Jockymann, publicada em 1980 no Jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre-RS

    Pois, desejo primeiro que você ame e que amando, seja também amado,
E que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo, não guarde mágoa.

    Desejo depois que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.

    Desejo também que tenha amigos e que, mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis,
E que em pelo menos um deles você possa confiar, que confiando, não duvide de sua confiança.
E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas
E que entre eles haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiadamente seguro.

    Desejo, depois, que você seja útil, não insubstituivelmente útil,
Mas razoavelmente útil. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante,
não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com aqueles que erram muito e irremediavelmente,
E que essa tolerância não se transforme em aplauso nem em permissividade,
Para que assim fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.

    Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e que, sendo maduro,
não insista em rejuvenescer e que, sendo velho, não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.

    Desejo, por sinal, que você seja triste, mas não o ano todo,
nem em um mês e muito menos numa semana, mas apenas por um dia.
Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom,
o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

    Desejo que você descubra com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo,
Talvez agora mesmo, mas se for impossível, amanhã de manhã, 
que existem oprimidos, injustiçados e infelizes,
e que estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles.
E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.

    Desejo ainda que você afague um gato, que alimente um cão
e ouça pelo menos um joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal.
Porque assim você se sentirá bem por nada.

    Desejo também que você plante uma semente,
por mais ridícula que seja, e acompanhe o seu crescimento dia-a-dia,
para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.

    Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático.
E que, pelo menos uma vez por ano, você ponha uma porção dele na sua frente e diga:
Isso é meu. Só para que fique bem claro quem é dono de quem.

    Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal,
não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal.
Mas que esse frugalismo não impeça você de abusar quando o abuso se impõe.

    Desejo também que nenhum dos seus afetos morra, por ele e por você.
Mas que, se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.

    Desejo, por fim, que sendo mulher você tenha um bom homem,
E que sendo homem, tenha uma boa mulher.
E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez,
E novamente, de agora até o próximo ano acabar,
E que quando estiverem exaustos e sorridentes,
ainda tenham amor para recomeçar.

    E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar. ”

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